terça-feira, junho 10, 2008

"À Espera De Um Sinal De Ti"

silvia Hoje escreve... Silvia Ferreira!
Só os melhores amigos podem fazer parte do nosso próprio espaço. Por isso, a Silvia tem direito a entrar em "Onde Andam Os Alquimistas", em tributo ao espaço que a amizade foi conquistando!

 

"Magoa-me demasiado quando te vejo a reagir de uma forma tão natural, simplesmente como se os poucos meses que tivemos juntos não tivessem existido.

Sei perfeitamente que te escondes por detrás de uma máscara, onde os teus sentimentos ficam enclausurados e disfarçados do resto do mundo. No entanto, custa na mesma.

Custa porque sei que gostei mais de ti do que tu de mim. Falo no passado, sim. Faço-o porque no dia em que decidimos terminar soube que seria o ponto final definitivo.

"Se não resultou porque continuaram a tentar?" Esta talvez tenha sido a frase que ecoou na minha cabeça durante mais tempo. Sei que tentei, longe de mim deixar de tentar e de arriscar! Todavia, sei, aliás, sinto, que acabou mesmo. Posso ainda gostar muito de ti, demasiado até, mas sei que chegou a hora definitiva de virar a página.

Porque sei que se sentisses o mesmo que eu, com a mesma intensidade, terias ultrapassado todas as tuas barreiras. Afirmo-o porque por ti ultrapassei o receio de fracassar, o que sentia era mais forte do que tudo.

Agora choro não porque te quero, pois não é o caso, mas porque perdi aquilo que tive nas minhas mãos, aquilo pelo qual lutei, e choro essencialmente pela percepção de que o que sentia não bastou. Se te dizia vezes sem conta o quanto gostava de ti era porque simplesmente me sentia feliz com aquilo que tinha.

Não tens noção de como fui feliz nos teus braços...de como por vezes nem acredito que te tive mesmo. É por tudo isto que carrego cada memória comigo, carrego-as dolorosamente, não por terem sido más mas por terem sido tão marcantes que a perda é mais penosa.

Não me adianta dizer-te tudo isto...não passam de sentimentos meus...para quê continuar a tocar na ferida se a cura não é esta? Certamente que estas palavras só te iriam retrair mais ainda e não é disso que eu preciso.

Acho que apenas precisava da parte que restou de tudo...a amizade. Precisava somente de um abraço teu...um abraço do amigo. Não entendo porque teimo em sentir a necessidade de te ter do meu lado. Precisava de um ombro de amigo e sem entender porquê, é o teu que eu quero...talvez porque tenho receio de perder também esse pedaço que restou de ti.

Não sei quando conseguirei terminar com estes lapsos de recordações e pensamentos. Não sei quando é que as minhas lágrimas secarão. Não sei quando me voltarei a sentir feliz, verdadeiramente feliz.

Só sei que precisava de sentir os teus braços envoltos em mim e que depois partisses da minha vida.

Posso parecer contraditória mas sei que o afastamento físico e o tempo são uma das curas para esta minha doença de ti. No fundo, talvez só precisasse que me compreendesses...que me dissesses isso a olhar nos meus olhos..."

3 comentários:

Anónimo disse...

Fiquei sem palavras com este texto, tu sabes!
E de certa forma, também me revejo em partes do que está escrito. Parabéns amiga!
Um abraço do tamanho do mundo e arredores!

Anónimo disse...

O afastamento fisico e o tempo são a cura para muitos males da alma. Mas será que vale assim tanto a pena deixar de estar perto de uma pessoa que gostamos tanto? Sim, há coisas tão contraditórias...

maranus

Mokas disse...

deve ser do caraças gostar assim tanto de alguem mas nao poder ser mais do que um amigo.mas quando nao da nao vale a pena continuar pois a partir daì tudo será fachada e certamente alguem saíra muito magoado e lá vai a amizade com os porcos!
e va la que continuaram amigos,às vezes nem isso!
possa!eu até fico burro comigo mesmo,nao disse uma parvoice até agora.é verdadeiramente espectacular!