sexta-feira, junho 22, 2007

Mergulhos No Rio

Certo dia Marcelo Rebelo Sousa decidiu mergulhar no rio Tejo, enquanto candidato à Câmara Municipal de Lisboa. Passados muitos anos, vemos outros candidatos a Lisboa andarem pelas ruas de olhos vendados ou a limpar grafitis das paredes, devidamente equipados a rigor.

A forma de fazer politica nas autarquias é muitas vezes bastante divertida e leva os candidatos a situações ingratas, em que são apanhados, por força das circunstâncias, em situações a roçar o caricato que surgem aos nossos olhos como grandes encenações de campanha.

Por muito competente que qualquer político possa ser, sente-se hoje que quando concorre a uma autarquia transmite aquele ar de quem se encontra desfasado do ambiente, desfasado das grandes questões da cidade ou do concelho, dado que estas se apresentam de natureza tão quotidiana que aparentam ser desajustadas das ambições de realização do candidato a presidente de câmara, desde que possua um bocado mais de aura de competência.

Se numa cidade como Lisboa o presidente pode actuar de forma mais política, embora tenha que mergulhar no rio ou limpar paredes durante a campanha eleitoral, em cidades e concelhos mais pequenos isso já não é possível. É necessário um grande contacto com as pessoas, um grande contacto com realidades bem mais "pequenas" quando comparadas com grandes projectos regionais ou nacionais.

Terá sido com essa realidade que Marcelo Rebelo de Sousa apanhou um grande banho de água fria em Lisboa, ele que até na liderança do partido parece ter estado permanentemente debaixo de água, inundado de pequenas coisas para as quais não está destinado.

Como a ele, o mesmo já aconteceu a outras pessoas. Obviamente, quando não nos sentimos bem em algum lado, em primeiro lugar procuramos apoio em alguém que nos ajude a enfrentar o desafio. No entanto, quando o apoio nos falta o que se pretende é arranjar rapidamente uma desculpa para desaparecer de novo para junto de grandes projectos.

Quando se mergulha em qualquer rio é conveniente ir preparado para todas as eventualidades, porque todos os rios tem armadilhas, bem escondidas, disfarçadas de falsas correntes. Falsas correntes que numa altura nos puxam em determinada direcção, levando-nos como que por uma mão segura, mas que transmitem uma falsa sensação de segurança.

É compreensivel que certos candidatos a autarquas se cansem de um ambiente que não lhes é favorável de todo. É compreensivel que aparentem estar perdidos no meio do rio. Já é pouco compreensivel que demorem tanto tempo a perceber que já não há qualquer barco para os apanhar.

4 comentários:

Anónimo disse...

No coments......
Política não é o meu forte :(

Um beijo
Sónia

Anónimo disse...

Oi, achei teu blog pelo google tá bem interessante gostei desse post. Quando der dá uma passada pelo meu blog, é sobre camisetas personalizadas, mostra passo a passo como criar uma camiseta personalizada bem maneira. Até mais.

Anónimo disse...

Muito mau que tu és!lol!

sid disse...

Muito bom senhor politico....
Não percebo muito de politica mas tens o blog mt fixe:)

Abraxo