quinta-feira, junho 07, 2007

Rumos

O rumo que seguimos em cada momento da vida marca para sempre o que vamos ser no futuro. Certas coisas nunca vão ficar para trás, nunca vão deixar de nos perseguir, de nos fazer sentir mal e revoltados. Mesmo que um dia mais tarde as acabemos por aceitar com naturalidade.

Cada pedaço de orientação tomada deve ser dado com convicção e acreditando naquilo que estamos a fazer, caso contrário mais vale não fazermos nada. Apenas a paixão que pomos em cada coisa que fazemos nos pode fazer felizes. Apenas a paixão que pomos em cada coisa que fazemos nos pode fazer infelizes.

É estranha esta contradição, mas é bem verdadeira. O nosso rumo muda com muita facilidade e as coisas que deixamos para trás não deviam ser tratadas como pedaços estragados do que vivemos. Mas muita gente faz mesmo assim , desdenha o que teve antes, despreza o que de bom conseguiu apenas porque pensa ter encontrado um novo rumo. E estraga com um conjunto de palavras toda a paixão que foi posta nas coisas.

Cada novo rumo que seguimos não pode simplesmente apagar os caminhos que percorremos antes, sob pena de nos tornarmos pessoas horriveis, sem sentimentos, vazias de paixão e de respeito pelos outros.

Um dos rumos mais dificeis a escolher é saber verdadeiramente perceber as pessoas que mais gostamos e nunca as deixarmos fugir, se bem que seja mais fácil dizer do que fazer tal coisa. Um novo rumo, por muito diferente que seja do anterior não deve ser seguido sem deixar bem fechados os caminhos anteriores, sem magoar ninguém e sem dizer que nada do que passou teve alguma coisa de bom que fosse.

"Golpe a golpe, passo a passo.
Caminhante, não há caminho, o caminho é feito ao andar.
Andando se faz o caminho e se você olhar para trás, tudo o que verá são as marcas dos seus passos, que algum dia os seus pés tornarão a percorrer.

Caminhante, não há caminho, o caminho é feito ao andar."

2 comentários:

Anónimo disse...

eu cá não sei para onde vais com esta disposição toda...lol...

Anónimo disse...

mais um pensamento profundo
andas muito.... nem sei definir...
acho que deves estar também a falar do destino não?
eu acredito no destino.... mas nós é que o construímos, isto é, tomámos o caminho (ou rumo) que nos parece mais adequado na altura e vamos "redesenhando" o nosso destino...
isto não é fácil, mas também quem disse que viver é fácil???

Beijos
Sónia Seixas